AGOSTO - MÊS VOCACIONAL

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Artistas de Deus

segunda-feira, 1 de março de 2021

REFLEXÃO PARA A SEMANA - PAPA FRANCISCO

 

UMA REFLEXÃO PARA A SEMANA

 

Durante a semana, dedique um tempo pessoal à leitura e à meditação do texto abaixo:

 

Papa Francisco

 

“No domingo passado, a liturgia apresentou-nos Jesus tentado por Satanás no deserto, mas vitorioso sobre a tentação”. À luz deste Evangelho, voltamos a ter consciência da nossa condição de pecadores, e também da vitória sobre o mal, oferecida a quantos empreendem o caminho de conversão e, como Jesus, desejam cumprir a vontade do Pai – Neste Segundo Domingo de Quaresma, a Igreja indica-nos a meta de tal itinerário de conversão, ou seja, a participação na glória de Cristo, que resplandece no seu rosto de Servo obediente, morto e ressuscitado por nós.

A página evangélica narra o acontecimento da Transfiguração, que se insere no ápice do ministério público de Jesus. Ele encontra-se a caminho de Jerusalém, onde hão de cumprir-se as profecias do ‘Servo de Deus’ e onde se consumirá o seu sacrifício redentor. Mas as multidões não entendiam isso: perante a perspectiva de um Messias que se opõe às suas expectativas terrenas, abandonam-no. Contudo, pensam que o Messias seria um libertador do domínio dos romanos, um libertador da pátria, e, portanto, essas perspectivas de Jesus não lhes agrada e deixam-no.

 Nem sequer os apóstolos compreendem as palavras com as quais Jesus anuncia o êxito da sua missão na paixão gloriosa, não entendem! Então, Jesus toma a decisão de mostrar a Pedro, Tiago e João uma antecipação da sua glória, aquela que Ele terá depois da Ressurreição, para confirmá-los na fé e para encorajá-los a segui-lo pelo caminho da prova, pela vereda da cruz. E assim, sobre um alto monte, imerso na oração, transfigura-se diante deles: o seu rosto e toda a sua pessoa irradiam uma luz resplandecente. Os três discípulos sentem-se amedrontados, enquanto uma nuvem os encobre e do alto ressoa – como no Batismo no Jordão – a voz do Pai: ‘Este é o meu Filho muito amado. Ouvi-o!’ (Mc 9,7). Jesus é o Filho que se fez Servo, enviado ao mundo para realizar através da cruz o desígnio da salvação, para salvar todos nós. A sua plena adesão à vontade do Pai torna a sua humanidade transparente à glória de Deus, que é amor.

É assim que Jesus se revela como o Ícone perfeito do Pai, a irradiação da sua glória. É o cumprimento da revelação, por isso, ao lado da sua figura transfigurada aparecem Moisés e Elias, que representam a Lei e os Profetas, como que para significar que tudo termina e começa em Jesus, na sua Paixão e na sua glória.

Para os discípulos e para nós, a exortação é a seguinte: “Ouvi-o! Escutai Jesus. Ele é o Salvador: segui-o! Com efeito, ouvir Cristo exige que assumamos da lógica do seu Mistério Pascal, que nos ponhamos a caminho com Ele para fazer da nossa existência uma dádiva de amor ao próximo, em dócil obediência à vontade de Deus, com uma atitude de desapego das realidades mundanas e de liberdade interior. Em síntese, devemos estar prontos a ‘perder a nossa vida’ (Mc 8,35), oferecendo-a a fim de que todos os homens sejam salvos: é assim que nos encontramos na felicidade eterna. O caminho de Jesus sempre nos leva rumo à felicidade. No percurso haverá sempre uma cruz, provações, mas no final sempre nos leva para a felicidade.   Jesus não nos engana, pois prometeu-nos a felicidade e a concederá a nós se caminharmos pelas suas sendas.

Com Pedro, Tiago e João, hoje subamos também nós a montanha da Transfiguração e detenhamos-nos em contemplação da face de Jesus, para receber a sua mensagem e para traduzir na nossa vida, a fim de que também nós possamos ser transfigurados no amor. Na realidade, o amor consegue transfigurar tudo. O amor transfigura tudo! Credes nisto?”

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